VIATICUM IMAGINORUM
“Viagem de Imagens” pretende ser apenas um espaço de divulgação de paisagens, sítios e momentos, que muitas vezes estão apenas a uma curta distância da vida do dia-a-dia. Imagens de paisagens e sítios que revelam a beleza da natureza ou da obra humana que muitas vezes passam despercebidas… Momentos irrepetíveis tornados eternos nestas imagens. Momentos capturados em imagens… Imagens capturadas em momentos. Um espaço para que outros viajem… Para que outros sonhem e alcancem… |
sábado, maio 27, 2006
sexta-feira, maio 19, 2006
Lisboa menina e moça...
"No castelo ponho o cotovelo
Em Alfama descanso o olhar
E assim desfaço o novelo
De azul e mar
À Ribeira encosto a cabeça
A almofada da cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo.
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade amor da minha vida
No Terreiro eu passo por ti
Mas na Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha sorri
És mulher da rua.
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que sei inventar
A aguardente de vinho e medronho
Que me faz cantar.
Lisboa do amor deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade mulher da minha vida."
Ary dos Santos
Em Alfama descanso o olhar
E assim desfaço o novelo
De azul e mar
À Ribeira encosto a cabeça
A almofada da cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo.
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade amor da minha vida
No Terreiro eu passo por ti
Mas na Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha sorri
És mulher da rua.
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que sei inventar
A aguardente de vinho e medronho
Que me faz cantar.
Lisboa do amor deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade mulher da minha vida."
Ary dos Santos
domingo, maio 14, 2006
Todos diferentes, todos iguais...
" Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado
Olhei-a de um lado
do outro e de frente
tinha um ar de gota
muito transparente
Mandei vir os ácidos
as bases e os sais
as drogas usadas
em casos que tais
Ensaiei a frio
experimentei ao lume
de todas as vezes
deu-me o qu'é costume
Nem sinais de negro
nem vestígios de ódio
água (quase tudo)
e cloreto de sódio"
António de Gedeão
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado
Olhei-a de um lado
do outro e de frente
tinha um ar de gota
muito transparente
Mandei vir os ácidos
as bases e os sais
as drogas usadas
em casos que tais
Ensaiei a frio
experimentei ao lume
de todas as vezes
deu-me o qu'é costume
Nem sinais de negro
nem vestígios de ódio
água (quase tudo)
e cloreto de sódio"
António de Gedeão
quarta-feira, maio 10, 2006
sábado, maio 06, 2006
Nos olhos de minha Mãe...
"Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve Estrelas a mais...
Somente,
Esquecida das dores,
A minha MÃE sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha MÃE..."
Sebastião da Gama
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve Estrelas a mais...
Somente,
Esquecida das dores,
A minha MÃE sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha MÃE..."
Sebastião da Gama
quinta-feira, maio 04, 2006
segunda-feira, maio 01, 2006
E por vezes...
"E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
..."
David Mourão-Ferreira
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
..."
David Mourão-Ferreira